A Prefeitura de Londrina anunciou a realização de leilões públicos para a venda de 14.046 itens inservíveis armazenados no antigo prédio do Instituto Brasileiro do Café (IBC), localizado na Zona Leste da cidade. O imóvel, que estava em situação de abandono há mais de duas décadas, passa por um processo de reestruturação que envolve a limpeza, triagem e destinação dos bens acumulados no local.
Os leilões devem acontecer entre o final de julho e início de agosto de 2025, com expectativa de arrecadação superior a R$ 730 mil, segundo estimativas da Diretoria de Bens Móveis da Secretaria Municipal de Gestão Pública (SMGP).
O que será leiloado?
Entre os bens catalogados para leilão estão:
- 🪑 7.300 mobiliários e sucatas (mesas, cadeiras, armários e equipamentos quebrados)
- 🛞 3.640 pneus, baterias e peças automotivas
- 💻 2.600 itens eletrônicos (partes de computadores, monitores e equipamentos de som/vídeo)
- 🧱 500 itens diversos, incluindo materiais obsoletos
Todos os produtos já foram triados e declarados inservíveis para o uso público. Itens em bom estado estão sendo redistribuídos entre as secretarias municipais.
Estruturação do espaço e novo uso para o imóvel
O processo faz parte de uma força-tarefa coordenada por um Grupo de Trabalho (GT) Intersetorial, criado por decreto municipal. A iniciativa busca não apenas regularizar o uso do imóvel, mas também propor um novo modelo funcional para o local.
Segundo o controlador-geral do Município, Guilherme Arruda Santos, a intenção é transformar o antigo IBC em um centro logístico público. A Prefeitura está em negociação com a Superintendência de Patrimônio da União para rever a cessão do espaço, cuja reforma foi prometida, mas nunca executada.
Além disso, há previsão de criação de um fundo social, que será abastecido com os recursos obtidos nos leilões. O dinheiro será destinado a projetos de interesse público e políticas sociais no município.
Leilões seguem critérios legais
Antes de serem colocados à venda, todos os lotes devem passar por ritos de avaliação, parecer jurídico da Procuradoria-Geral do Município e processo licitatório. Órgãos da administração indireta com bens no local também poderão realizar certames próprios, caso necessário.
O local ainda abriga 25 veículos, alguns com histórico de furto ou extravio, que também passarão por avaliação de viabilidade de uso ou leilão.